O texto a seguir foi produzido em 2001, mas o assunto permanece atual e os procedimentos indicados são bem sensatos.

A mentira infantil cai na real
Os cuidados que os pais devem ter com a mistura de verdade e fantasia que as crianças costumam fazer
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Psicólogos de diferentes correntes concordam que a confusão entre fantasia e realidade é normal e faz parte de uma fase crucial do desenvolvimento, entre os 3 e os 7 anos de idade, mas alertam para a necessidade de que os pais combatam as mentiras deliberadas e arquitetadas pela criança para se livrar de alguma responsabilidade ou levar outro tipo de vantagem. A principal dificuldade da família é identificar quando os filhos estão de fato falando a verdade ou quando estão dando asas à imaginação. A melhor reação ao ouvir uma história cabeluda da boca da criança é não acreditar em tudo nem duvidar completamente. É preciso cautela para filtrar a realidade, tarefa que requer conversa paciente e boa dose de habilidade. Ela pode dizer que apanhou da professora no colégio, mas talvez tenha apenas ficado impressionada com uma bronca.
"Os pais só devem se preocupar quando a criança tiver o objetivo claro de fugir da realidade e não enfrentar determinadas situações", diz a psicóloga Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O ideal é ficar no meio-termo, já que o excesso de fantasia pode revelar egocentrismo elevado e o oposto indica amadurecimento precoce.
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Como lidar com a imaginação fértil dos filhos
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Texto em sua íntegra:
revista Veja de 2 de maio de 2001;